quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Ciclo de Alfabetização e Progressão Escolar


Ciclo de Alfabetização e
Progressão Escolar
 
                 Historicamente, a educação, por muito tempo, serviu para atender a uma determinada classe social, ou seja, poucos tinham acesso ao ensino formal e, além disso, era considerado como forma de ascensão, onde existiam regras rígidas, pouco flexíveis; não se falava em inclusão, em educação popular, enfim...

            Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº. 9394/96), a mesma passou a ser um direito de todos independente de classe social; com igualdade de condições, acesso e permanência.

            Além disso, mudanças significativas relacionadas ao currículo escolar começaram a ser pensadas e discutidas, como: a aceitação do diferente/heterogeneidade; a importância da relação escola-família; o planejamento escolar mais humanizado e menos burocratizado; mais lúdico/concreto e menos formal/abstrato; a avaliação enquanto processo, considerando o nível de cada educando/avaliação diagnóstica; metodologias mais próximas, considerando a realidade social; projetos que envolvam alunos e comunidade, etc. Uma educação democrática e participativa.

Dentre tantas mudanças ocorridas, hoje falar em ciclo de alfabetização e progressão continuada, é mais um grande desafio para todos os educadores.

Portanto, quando pensamos em ciclo de alfabetização, num primeiro momento, podemos erroneamente pensar em fases estanques e isoladas, ou seja, considerar os anos de alfabetização sem fazer a relação entre os níveis de ensino e aprendizagem, desconsiderando o processo. Porém, não basta mudarmos a terminologia e continuarmos a agir com homogeneidade, como se o currículo fosse organizado de maneira seriada/tradicional, onde a lei do mais forte e do melhor prevalecem.

            Observa-se que aprovar ou reprovar está sendo uma questão subjetiva, relacionada ao sujeito avaliador, a avaliação e os objetivos elaborados por ele, o olhar desse sob o sujeito que realiza a avaliação, da relação existente entre os sujeitos. Contudo, no que diz respeito à avaliação, é necessário uma mudança de paradigma, onde se estabeleçam objetivos mínimos e claros, de forma consciente, respeitando as peculiaridades de cada sujeito. Vale ressaltar que a aprendizagem pode ou não se concretizar até o final desse ciclo de alfabetização, dependendo das condições física, emocionais, psicológicas de cada sujeito.

            Avaliações oficiais não consideram todas as entranhas, as dificuldades, as relações, os sujeitos do processo. Por isso, se nos propusermos a incluir a todos, devemos lutar por uma educação diferente, diferenciada. Mas até onde o sistema nos permite concretizar muitas das legislações em vigor?

Queremos e devemos avançar em muitos aspectos, principalmente, no quesito aprendizagem, mas não podemos jamais ficar reféns de avaliações externas que nos colocam mais uma vez no roldão da produção em série. Devemos lutar por uma avaliação de auxílio ao educador, mas não baseada em críticas, comparações, notas classificatórias que enfatizam a exclusão.

            É necessário investir mais no educador, considerando que ele é um sujeito em potencial e capaz de mudanças significativas.

Alexandra Marin Colpo

E.M.E.F. Manuel Albino Carvalho

domingo, 27 de outubro de 2013

Ciclo de Alfabetização e Progressão Escolar

                A escola é um espaço de apropriação de conhecimentos sobre o mundo em que vivemos, em que se pensa sobre as relações com a natureza, com o outro e consigo mesmo e que promove a socialização e a transformação da realidade e a partir dessas premissas seu currículo não pode ser entendido como um aglomerado de conteúdos.
         A integração dos conhecimentos oriundos das diferentes áreas de conhecimento se dá através da linguagem onde as identidades são construídas e a inserção social ocorre. O ensino da oralidade e da escrita assume centralidade no processo educativo e para concretizarmos tal tipo de ação pedagógica precisamos repensar os modos de organização escolar.
         “O regime de ciclos nos oferece possibilidades de repensarmos os tempos escolares, de modo a encontrarmos formas diversificadas de abordar os conhecimentos, rumo a um ensino mais problematizador.” (Texto 1, Unidade 8, Ano 1, pg.8)
         Ferreira e Leal (2006) concebem que o regime de ciclos: possibilita a elaboração de uma estrutura curricular que favorece a continuidade, a interdisciplinaridade e a participação; pode colaborar para a negação de uma lógica excludente e competitiva rumo a uma lógica da inclusão e da solidariedade; dentre outros aspectos.
         No entanto para que os direitos de aprendizagem sejam garantidos é importante planejar a ação docente valorizando os conhecimentos construídos pelas crianças nos espaços extraescolares e que sejam oportunizadas situações para que novas aprendizagens aconteçam.
         “A progressão, no entanto, não pode ser vista simplesmente como passagem de uma etapa de escolaridade para outra. Ela pode representar, na realidade, fenômenos distintos, mas interligados.”
         Enfim, é importante que as crianças progridam no processo formal de escolarização, mas com garantia de progressão em seu processo de ensino aprendizagem, principalmente. Não se pode naturalizar a progressão dos estudantes que não aprenderam. É necessário ajudar as crianças a avançarem em sua escolarização, favorecendo suas aprendizagens.

Profª Aline Medeiros
EMEF Dezidério Fuzer – 2º ano
EMEF Três de Outubro – Pré-escola e 1º ano


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Sugestões de Atividades para Planos de Aula com atividades específicas


Sugestões para  Planos de Aula que atendam:

·         As especificidades dos alunos que não reconhecem as letras do alfabeto por seus nomes e formatos, portanto não dominam a correspondência letra-som.

- Atividades para identificação do nome, vogais e consoantes que o compõe;

- Atividades para identificação do nome dos colegas, número de letras que tem em cada nome, quantas são vogais e quantas são consoantes;

- Bingo do nome;

- Alfabeto ilustrado com diferentes tipos de letras/desenho/palavras para expor na sala de aula;

- Jogos (boliche de letras, jogo da memória com correspondência desenho/palavra ou desenho/letra inicial);

- Brincadeira de pulos no pézinho, por exemplo. Num nível mais avançado, trabalhamos as sílabas, número de sílabas. Aqueles que ainda se encontram no processo de identificação, nomeação, o educador escreve a palavra no quadro ou entrega digitada ao aluno para identificação das letras/sílabas. O aluno dá os pulinhos de acordo com o número de sílabas da palavra;

- Criando com as letras: O educador entrega uma letra, nomeia e deixa livre para os educandos  usarem sua criatividade artística;

- Completando a letra que está faltando. Inicialmente pode-se trabalhar com o próprio nome, em seguida introduzir outras palavras de forma que a palavra esteja completa e logo abaixo com letras que estão faltando;

- Produção textual coletiva;

- Jogo das sílabas: cada aluno confecciona o seu, fazendo a identificação das sílabas, formação da palavra, identificação das letras/vogais/consoantes/letras que se repetem;

- Atividades para identificação e diferenciação de letras, números e palavras de outros sinais gráficos e entre si;

- Poema, música (identificação de palavras, letras que compõe a palavra);

- Histórias sonorizadas (estimulação auditiva e identificação de sons);

- Teatro (leitura, interpretação, produção e imaginação);

- História (jogo habilidade e atenção). Educando recebe uma folha com o nome de um personagem principal da história. A medida que o educador conta a história, os personagens vão se apresentando;

- Expor na sala de aula em uma cartolina a letra de uma música infantil, poema, etc. Em seguida, os alunos recebem esse mesmo texto com as frases numa sequencia diferente. Terão de reorganizá-lo ou como uma segunda opção entre outras, recebê-lo faltando palavras e os educandos terão de completar.

 

·         As especificidades dos alunos que produzem textos e leem com autonomia.

“Leitura e produção textual são atividades complementares, porém não necessariamente simultâneas (GROSSI, 1990,v.3,p. 34).”

- Produção Individual de textos, tendo como motivação o desenho do educando, a escrita de uma carta, bilhete, cartão;

- Confecção de jornal com a turma;

- Produção coletiva de textos, podendo o educador partir da leitura de um livro e fazer o resumo do mesmo em conjunto com os educandos;

- Leitura de diferentes gêneros textuais;

- Reconhecimento de palavras, frases no texto em diferentes tipos de letras;

- Análise de palavras de um determinado texto, significado, letra inicial e final, número de sílabas;

- Ditado de palavras ou frases relativas ou não a um determinado texto;

- Jogos (boliche de letras, jogo da memória com correspondência desenho/palavra ou desenho/letra inicial);

- Livro do alfabeto: relacionar palavras que iniciem com cada letra;

- Brincadeira de pulos no pézinho, por exemplo. Num nível mais avançado, trabalhamos as sílabas, número de sílabas. Aqueles que ainda se encontram no processo de identificação, nomeação, o educador escreve a palavra no quadro ou entrega digitada ao aluno para identificação das letras/sílabas. O aluno dá os pulinhos de acordo com o número de sílabas da palavra;

- Jogo das sílabas: cada aluno confecciona o seu, fazendo a identificação das sílabas, formação da palavra, identificação das letras/vogais/consoantes/letras que se repetem;

- Poema, música (identificação de palavras, letras que compõe a palavra);

- Teatro (leitura, interpretação, produção e imaginação);

- História (jogo habilidade e atenção). Educando recebe uma folha com o nome de um personagem principal da história. A medida que o educador conta a história, os personagens vão se apresentando;

- Remontagem de um texto, apresentado em nova folha digitada com suas frases em ordem diferente da original;

- Contagem de frases, de espaços e palavras;

- Interpretação textual;

- Completando as sílabas que estão faltando. Colocam-se em envelopes cartões com palavras faltando à primeira sílaba e pequenos cartões onde estão as primeiras sílabas retiradas. A tarefa consiste em completar adequadamente as palavras de cada envelope. Esta mesma atividade pode ser feita para sílabas finais ou intermediárias;

-Cartões para bingo de sílabas, onde se pode enfatizar: sílabas iniciais, finais ou intermediárias;

- Montando um dicionário.

IMPORTANTE:

“A diversificação do foco de interesse didático para cada nível da psicogênese não implica necessariamente sempre a diversificação de atividades. Uma mesma atividade pode servir para alunos em qualquer nível do processo, contanto que ela englobe um espaço amplo de problemas e que o professor provoque diferentemente, com questões e desafios adaptados a alunos em situações desiguais dentro da psicogênese (GROSSI, 1990,v. 3, p. 27).”

Obs. Nota-se que algumas atividades se repetem nas sugestões acima, considerando aqueles educandos que não reconhecem as letras do alfabeto por seus nomes e formatos, portanto não dominam a correspondência letra-som e para aqueles que produzem textos e leem com autonomia.

Alexandra Marin Colpo

              E.M.E.F. Manuel Albino Carvalho   

A Heterogeneidade na sala de aula


A Heterogeneidade na Sala de Aula

         Parte-se do princípio de que os seres humanos apresentam uma constituição, ou seja, são frutos das suas interações/relações sociais estabelecidas no meio em que vivem e interagem.

            Diante disso, sabe-se que estes apresentam níveis diferenciados de aprendizagem/conhecimentos pré-existentes, quando ingressam no ambiente escolar, sendo um dos fatores que os levam a ter mais facilidade ou dificuldade em compreender o conhecimento formal a ser apreendido. Além disso, não se pode esquecer-se dos educandos  que apresentam dificuldades de aprendizagem, transtorno do déficit de atenção e/ou hiperatividade, deficiência  física e/ou mental, enfim...

            Nessa gama de fatores, cada um apresenta uma história de vida, mais ou menos facilitadora para a aprendizagem. E educadores, o que o fazem diante disso?

            Não existem respostas prontas e acabadas, receitas, tudo depende do contexto o qual lhes é apresentado. Contudo, o que é ponto pacífico e indiscutível; é que as pessoas são diferentes, portanto aprendem de forma diferente. Assim como os  educandos, educadores  também apresentam uma história de vida e formação.

            Sabe-se que é necessário educar considerando a diversidade, ou seja, planejando e executando intervenções que atendam as necessidades e o nível de cada educando. Assim o faz-se, na medida do possível, ou pelo menos a maioria o faz.

            Não se pode ser demagogo (a) a ponto de dizer que tudo é perfeito, porque não é. Tem-se formação continuada, participa-se quando é de interesse e enriquecem-se as aulas na medida em que se acredita numa determinada forma de trabalho dialógico, crítico, participativo e lúdico.

            Nesse contexto, pessoas se cruzam, ações; concepções interagem e conflitos acontecem. Depende de cada um a resolução desses conflitos. Cabe ressaltar, que a heterogeneidade da sala de aula está em todos os lugares/espaços e qual será a importância que é dada a essas especificidades?

            Realmente atende-se a cada um dentro de um único contexto ou criam-se leis e faz-se  que isso acontece?

            Ficam os questionamentos para que se possa refletir sobre cada um deles e quem sabe se reelaborar a prática pedagógica, se necessário. Isso depende de cada um!

Alexandra Marin Colpo
E.M.E.F. Manuel Albino Carvalho

Restinga Sêca/RS

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A heterogeneidade no processo de alfabetização: diferentes conhecimentos, diferentes atendimentos

            A cada início de ano letivo quando recebemos uma nova turma pensamos nos conteúdos a serem desenvolvidos, na melhor metodologia a ser utilizada, na forma como iremos avaliá-los e acompanhar seu desenvolvimento, todavia precisamos levar em consideração que:
“Os alunos agrupados em uma mesma sala de aula, apesar de terem, geralmente, a mesma idade ou idades próximas, não aprendem as mesmas coisas, da mesma maneira e no mesmo momento. Como cada aluno é um indivíduo diferente do outro, um ser único, que vivencia experiências extraescolares distintas, é impossível existir uma sala de aula homogênea. A heterogeneidade de conhecimentos dos alunos de uma mesma turma ou de turmas diferentes é, portanto, natural e inevitável, não devendo ser vista de maneira negativa.” (Caderno PNAIC, Ano 02, Unidade 07)

            Essa característica precisa ser vista como promotora de atividades diversificadas em sala de aula ao mesmo tempo a fim de atender à diversidade de conhecimentos dos alunos, ajustando o ensino às diferentes necessidades de aprendizagem da turma.
            Para atender essa demanda o tempo pedagógico pode ser organizado, em sala de aula de modo que as atividades sejam desenvolvidas de modo coletivo e, sempre que viável, aplicadas com vários enfoques contemplando as necessidades de cada aluno, respeitando o tempo de aprendizagem de cada educando.
            Como por exemplo: ao levarmos um texto para a sala de aula, seja ele: um poema, uma lenda, uma receita, uma leitura informativa, uma fábula pode-se iniciar o trabalho com a leitura do mesmo pela professora ou por um ou mais alunos que já estão lendo.
            Num segundo momento sugere-se a compreensão, inferências e extrapolações a partir do mesmo. Os alunos podem ainda, conforme seu nível de lecto-escrita ilustrar, fazer uma releitura, identificar palavras, produzir frases, criar um novo início ou fim para o mesmo, buscar palavras que rimem, localizar palavras, completar frases, montar um mini-livro, dentre outras.
            Enfim “... pode-se propor variações em uma mesma atividade, tornando-a mais ou menos desafiadora, de modo a atender à diversidade de conhecimentos dos alunos ou propor atividades diferentes para grupos ou duplas diferentes.” (Caderno PNAIC, Ano 02, Unidade 07)

Profº Aline Medeiros
EMEF Dezidério Fuzer – 2º ano
EMEF Três de Outubro – Pré-escola e 1º ano

            

domingo, 15 de setembro de 2013

Como Estrelas na Terra, Toda Criança é Especial


O filme conta a história de um menino e 9 anos chamado Ishaan Awasthi, ele sofre de dislexia, estuda em uma escola normal e repetiu uma vez o terceiro período e está correndo o risco de isso acontecer de novo. O menino diz que as letras dançam em sua frente e não consegue acompanhar as aulas e nem prestar atenção. Seu pai acredita que ele é indisciplinado e o trata com rudez e falta de sensibilidade.
Na escola onde Ishaan estudava, os professores só corrigiam os erros gramaticais dele e não percebiam que ele era uma criança especial, que precisava ser compreendida, e junto com seu professor pudesse ampliar seus conhecimentos, desenvolvendo a habilidade de leitura e escrita. No filme "Como Estrelas Na Terra o professor substituto usa uma metodologia de ensino inovadora, onde existe a motivação, usa o conhecimento de mundo dos alunos, buscando aprofundar e ampliá-los. O educador consegue mobilizar a escola a respeito da diversidade que existe na sala de aula, mostrando que é possível fazer com que o aluno desenvolva sua capacidade de aprendizagem a partir da compreensão e do incentivo do educador. 

O filme mostra uma lição de vida. Um garoto que foi tratado com respeito por um professor, que soube valorizar e entender as diferenças, usa como forma de expressão a arte, incentivando-o e mostrando-o que seu problema pode ser superado e que sua deficiência não o tornava diferente dos outros. A dislexia é uma doença que está longe de ser solucionada, e o que salvou o garoto não foi a descoberta da doença, mas sim, os novos métodos utilizados pelo educador, fazendo com que o menino aprendesse a lidar com sua diferença. Este filme retrata a realidade na qual vivemos, os alunos com diversas deficiências estão incluídos nas escolas regulares e infelizmente nem as escolas e nem os professores  estão preparados para essa mudança. 

Torna-se necessário que os  educadores saibam lidar com esses problemas no contexto escolar, para poder encontrar meios e soluções para trabalhar com essa e as demais deficiências.

Professora Daniela Dotto

EMEF Francisco Giuliani

Atividade exploratória ,onde os alunos puderam interagir com os materiais do cantinho da leitura e escolher o que mais lhe foi significativo.O interessante foi que todos pegaram os livros de histórias e nem observaram as caixas de jogos.Professora Daniela Dotto
EMEF Francisco Giuliani
Professora Daniela Dotto
EMEF Francisco Giuliani

Dificuldades de Aprendizagem no Processo de Alfabetização


Quando pensamos em dificuldades de aprendizagem vem a nossa mente algo do tipo, incapacidade que o indivíduo apresenta para realizar uma determinada atividade (tarefa).
De acordo com (GRIGORENKO, STERNEMBERG, 2003, p.29)
“Dificuldade de aprendizagem significa um distúrbio em um ou mais dos processos psicológicos básicos envolvidos no entendimento ou no uso da linguagem, falada ou escrita, que pode se manifestar em uma aptidão imperfeita para ouvir, pensar, falar, ler, escrever, soletrar ou realizar cálculos matemáticos”.
Quando a criança começa a ler, a maioria dos alunos tende a ver as palavras como imagens, com uma forma particular ou um padrão. Eles tendem a não compreender que uma palavra é composta de letras usadas em combinações particulares, que correspondem ao som falado. É essencial que os alunos sejam ensinados e aprendam a arte básica de decodificação e soletração desde o inicio.
A ação de escrever exige também da parte da criança uma ação de analise deliberada. Quando fala, ela tem consciência das operações mentais que executa. Quando escreve, ela tem de tomar consciência da estrutura sonora de cada palavra, tem de dissecá-la e produzi-la em símbolos alfabéticos que tem de ser memorizado e estudado de antemão. (Vygotsky, 1979) Segundo o autor podemos concluir que a dificuldade de aprendizagem é um distúrbio psicológico que causa problemas a criança, quando esta se encontra no início do processo de alfabetização.
Já para (SMITYH, STRICK, 2001, P.14)
dificuldades de aprendizagem são “... problemas neurológicos que afetam a capacidade do cérebro para entender, recordar ou comunicar informações”.
A função primordial da escola seria, para grande parte dos educadores, propiciarem aos alunos caminhos para que eles aprendam, de forma consciente e consistente, os mecanismos de apropriação de conhecimentos. Assim como a de possibilitar que os alunos atuem, criticamente em seu espaço social. Essa também é a nossa perspectiva de trabalho, pois, uma escola transformadora é a que está consciente de seu papel político na luta contra as desigualdades sociais e assumem a responsabilidade de um ensino eficiente para capacitar seus alunos na conquista da participação cultural e na reivindicação social. (Soares, 1998).
Mas, frequentemente o aprendizado fora dos limites da instituição escolar é muito mais motivador, pois a linguagem da escola nem sempre é a do aluno. Dessa maneira percebemos a escola que exclui, reduz limita e expulsa sua clientela: seja pelo aspecto físico, seja pelas condições de trabalho dos professores, seja pelos altos índices de repetência e evasão escolar ou pela inadaptabilidade dos alunos, pois a norma culta padrão é a única variante aceita, e os mecanismos de naturalização dessa ordem da linguagem são apagados. (Soares, 2003).
A análise das questões sobre a leitura e a escrita está fundamentalmente ligada à concepção que se tem sobre o que é a linguagem e o que é ensinar e aprender. E essas concepções passam, obrigatoriamente, pelos objetivos que se atribuem à escola e à escolarização.
Muitas das abordagens escolares derivam de concepções de ensino e aprendizagem da palavra escrita que reduzem o processo da alfabetização e de leitura a simples decodificação dos símbolos linguístico. A escola transmite uma concepção de que a escrita é a transcrição da oralidade.
(Cagliari, 1989: 26)
“Parte-se do princípio de que o aprendiz deve unicamente conhecer a estrutura da escrita, sua organização em unidades e seus princípios fundamentais, que incluiriam basicamente algumas das noções sobre a relação entre escrita e oralidade, para que possua os pré-requisitos, aprenda e desenvolva as atividades de leitura e de produção da escrita”.
Mas a escrita ultrapassa sua estruturação e a relação entre o que se escreve e como se escreve demonstra a perspectiva de onde se enuncia e a intencionalidade das formas escolhidas. A leitura, por sua vez, ultrapassa a mera decodificação porque é um processo de (re) atribuição de sentidos. Essa seria uma concepção de leitura e escrita como decifração de signos linguísticos transparentes, e de ensino e aprendizagem como um processo cumulativo.
Já na visão contemporânea a construção dos sentidos, seja pela fala, pela escrita ou pela leitura, está diretamente relacionada às atividades discursivas e às práticas sociais as quais os sujeitos têm acesso ao longo de seu processo histórico de socialização. As atividades discursivas podem ser compreendidas como as ações de enunciado que representam o assunto que é objeto da interlocução e orientam a interação. A construção das atividades discursivas dá-se no espaço das práticas discursivas.Durante o processo de alfabetização é importante a ligação entre família ,escola e comunidade ,pois é esse meio que a criança está inserida e ela deve saber como interagir com todas essa informações que estas vivencias irão lhe proporcionar .é preciso que que todos se envolvam neste processo para que o educando se sinta a vontade e tenha cada vez mais curiosidade em descobrir o mundo letrado que o rodeia.Saliento que a estrutura na qual a criança está inserida ,influencia muito na sua aprendizagem pois isto pode servir de estimulo ou de desmotivação e podendo acarretar sim sérios problemas ou dificuldades de aprendizagem . 

COMO ESTRELAS NA TERRA - TODA CRIANÇA É ESPECIAL

Professora: Carla Regina Lovatto
Escola Municipal de Ensino Fundamental 

O filme conta a história do menino Ishaan e sua dificuldade em assimilar o processo de leitura e escrita. Ishaan era incompreendido em casa por sua família e na escola onde estudava, onde era constantemente castigado, por achar que as letras dançavam na sua frente.
Mas, o menino tinha uma imaginação fantástica, conseguindo pintar e desenhar como poucos. Quando estava pintando conseguia entrar num mundo só seu, onde tudo é possível.
Ao cometer um ato de rebeldia na escola onde estudava, foi transferido para um colégio interno, apesar dos insistentes pedidos da criança para ficar junto com sua família.
Esta escola era ainda pior do que a 1ª, seus professores conseguiram apagar toda a alegria natural de uma criança. Ishaan foi ficando cada vez mais triste e retraído, agia como um robô sem qualquer esperança no futuro.
A vida de Ishaan mudou completamente como a chegada de um professor de Artes na escola. Este passou a observar o menino e constatou que ele tinha dislexia, por mais que se esforçasse não conseguia se alfabetizar. 
O professor conversou com a família do menino, para conscientizá-los do real problema de aprendizagem que o mesmo sofria e que algo necessitava ser feito. 
A partir daí, o professor conversou com o diretor para obter sua autorização e a colaboração dos outros professores para ajudar Ishaan. Como era um professor que tinha inúmeras habilidades e compreendia que todo ser humano merece uma chance de aprender, usou diversos métodos e técnicas conseguindo alfabetizá-lo e despertar no menino a alegria e criatividade adormecidas.
Este filme nos traz uma grande lição de vida, nos fazendo refletir que toda criança é especial e merece uma chance de descobrir o mundo fantástico da leitura e escrita, cabendo a nós professores promover essa aprendizagem, fazendo-os brilhar como estrelas na Terra.

As dificuldades da alfabetização nas séries iniciais

Professora: Carla Regina Lovatto
Escola Municipal de Ensino Fundamental Francisco Giuliani

O Principal objetivo da escola é a aprendizagem, ou seja, propiciar aos educandos caminhos para que eles aprendam cada vez mais e que possam atuar criticamente na sociedade em que estão inseridos.
A área da educação nem sempre é cercada por sucessos e aprovações. Muitas vezes nos deparamos com alunos que não conseguem assimilar o processo ensino-aprendizagem.
A dificuldades na aprendizagem podem ter como origem fatores orgânicos ou emocionais; sendo a Dislexia e o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) as mais conhecidas.
De acordo com MORAIS (2006, p. 163) que descreve sobre as dificuldades na aprendizagem:

"O professor desempenha um papel muito importante no processo de diagnóstico, como no processo reeducativo"

O educador tem o papel de identificar e descobrir esses problemas, porém não possui formação específica para fazer tais diagnósticos, que precisam ser feitos por médicos, psicólogos e psicopedagogos.
Conforme TIBA (1998, p. 38) que descreve:

 "O aluno não consegue aprender aquilo que não entende, assim como não pode engolir pedaços maiores do que a sua garganta permite passar."

Entende-se que o educador precisa fazer uso de diversas metodologias para que o aluno possa vir a aprender.

REFERÊNCIAS:
MORAIS, A.M.P. - Distúrbios de aprendizagem - Uma abordagem psicopedagógica. Editora São Paulo, Edicon, 2006.
TIBA, Içami - Ensinar aprendendo: Como superar os desafios professor-aluno em tempos de globalização. Editora São Paulo, Gente, 1998.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

As dificuldades da alfabetização nas séries iniciais



DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

        A dificuldade de aprendizagem refere-se a um distúrbio que pode ser gerado por uma série de problemas cognitivos ou emocionais e pode afetar qualquer área do desempenho escolar e na maioria dos casos é o professor o primeiro a identificar que a criança está com alguma dificuldade, mas os pais e demais membros da família devem ficar atentos também. A dificuldade mais conhecida e que vem tendo grandes repercussões na atualidade é a dislexia, porém, é necessário estarmos atentos a outros sérios problemas como  grafia, calculo, desvalia, ortografia e o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). Segundo especialistas, as crianças com dificuldades de aprendizagem podem apresentar desde cedo um maior atraso no desenvolvimento da fala e dos movimentos do que o considerado 'normal'.
Toda a criança tem um processo, um ritmo diferente de desenvolvimento. Umas aprendem a andar mais cedo, outras falam mais tarde e isso é absolutamente normal, não existe um 'padrão' de desenvolvimento.
Crianças com dificuldades de aprendizagem geralmente apresentam desmotivação e incômodo com as tarefas escolares gerados por um sentimento de incapacidade, que leva à frustração.

O ato de dar atenção e se importar com a criança, fazendo-a perceber o quanto ela é boa em tarefas na qual ela tem habilidade e incentivá-la a desenvolver outras tarefas nas quais ela não é tão boa,  é preciso manter a calma.  Não rotular , ao contrário, elogie isso irá fortalecer sua auto-estima.

Não é uma questão de se encontrar culpados, mas sim de encontrar soluções.
Muitas vezes a criança apresenta dificuldades numa determinada escola, simplesmente porque não gostou do ambiente, do espaço, da forma como ela foi tratada, como é sua relação com a professora com os amigos, ou a metodologia não foi adequada às suas necessidades, e por aí vai.
Muitas vezes basta mudar de escola que cessam todos os sintomas descritos acima. Por quê? Porque a metodologia é diferente, as relações que se estabelecem são diferentes, a organização, o espaço e o tempo de atividades são diferentes, enfim, são múltiplos fatores.

Ballone (2004) afirma que as dificuldades de aprendizagem não devem ser tratadas como se fossem problemas insolúveis, mas como desafios que fazem parte do próprio processo da aprendizagem. Também considera necessário identificar e preveni-las mais precocemente, de preferência ainda na pré-escola.
Porém, não é simples afirmar que uma determinada condição psicossocial age como causa ou conseqüência na vida de uma criança. Uma criança que apresenta dificuldade de aprendizagem, provavelmente, já passou por diversas cadeias de circunstâncias desfavoráveis para o seu desenvolvimento e essa dificuldade, se persistir, também acarretará novos prejuízos psicossociais, que, por sua vez, também contribuirão para a manutenção ou intensificação das dificuldades de aprendizagem.
Por fim, não é uma questão simples de se resolver, requer avaliação  e acompanhamento multidisciplinar, e cada caso requer um encaminhamento  e atenção diferenciada.

Fonte

Prof. Dulce Streck Procknow
Escola:Municipal Sete de Setembro.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Como Estrelas na Terra- Toda Criança é Especial

Comentário Individual sobre o filme:
Como Estrelas na Terra- Toda Criança é Especial.

O filme relata a história de dificuldades aprensentadas por um aluno frente à escola e aos pais (dislexia), até que um professor consegue perceber a necessidade do trabalho diferenciado com esse aluno e o mesmo começa a demonstrar que é capaz de aprender e sobretudo de ser um aluno como os demais.
Acredito que o ponto fundamental desse filme é a relação entre professor e aluno, esse aspecto é o que proporciona a “inclusão”  ou “existência” desse aluno para a escola e para a família, configurando ponto fundamental e inerente ao processo de aprendizagem vivenciado pelo aluno.
Uma nova maneira de ver o aluno, como indivíduo com suas dificuldades mas que também apresenta suas superações, dentro das possibilidades que a escola (professor) proporcionam e dentro do que o aluno consegue alcançar.

Prof. Fabricia Sônego
Supervisora Escolar dos Anos Iniciais da E.M.E.F.Leonor Pires de Macedo

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Comentário Individual sobre o filme: Como Estrelas na Terra- Toda Criança é Especial.


Profª : Dulce Streck Procknow
Escola: Sete de Setembro.





COMO ESTRELAS NA TERRA- TODA CRIANÇA É ESPECIAL.

O filme conta a história de um menino de nove anos Chamado Ishaan, ele sofre de dislexia e estuda em uma escola regular, vindo a repetir uma vez o terceiro período e esta sujeito a repetir novamente.

O menino diz que as letras dançam em sua frente e não conseguem acompanhar as aulas nem prestar atenção. Seu pai acredita que o filho é indisciplinado e o trata com certa rispidez sem se sensibilizar com o fato. 

O pai ao  ser chamado a escola para conversar com a diretora, o mesmo decide levar o filho a um internato. O menino fica com menos vontade de aprender e de ser uma criança, e acaba ficando deprimido com falta da mãe, irmão mais velho e da liberdade de viver. 
Um professor ao conhecer Ishaan, percebe que o menino sofre de dislexia e decide ajudá-lo. Este sintoma não era um problema e nem tão pouco desconhecido pelo educador e, decide tirar tirar o menino do anonimato no qual se encontrava. Ele ensinou Ishaan a ler e escrever, sempre demostrando otimismo passando esperança à criança. A partir  daquele momento, o menino vai superando a opressão da família e sua própria limitação passa a fazer diferença na escola surgindo novos significados para seu aprendizado.

O filme mostra a importância que um professor tem na transformação de conceitos para com os alunos. Através de sua própria metodologia de ensino, de forma a estimular a compreensão dos alunos, tornando a sala de aula um lugar agradável e com visão de futuro. 
 A dislexia está longe de ser solucionada, porém é preciso de novos métodos para que estas crianças se superem e aprendam a lidar com a diferença.



O filme traz uma lição de vida, quem o assiste o filme sai com outro olhar diante da profissão docente.



segunda-feira, 2 de setembro de 2013

PROGRAMA PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA

Professor(a): Dulce Streck Procknow
Escola: Municipal de Ensino Fundamental Sete De Setembro




AS DIFICULDADES DA ALFABETIZAÇÃO NAS SÉRIES INICIAIS.

A linguagem é parte integrante de nossas atividades diárias. No entanto ela não é herdada, é uma arte que requer ser transmitida de uma geração a outra por meio da educação. Considerando a sala de aula antes de tudo, um ambiente educativo, e assim considerado como um espaço preparado e dirigido com a participação conjunta de alunos e do professor, uma atuação participativa e criativa para o mundo da comunicação escrita.
Segundo Ferreiro (1996, p.24) “O desenvolvimento da  alfabetização ocorre, sem duvida, em um ambiente social. Mas as praticas sociais assim como as informações sociais, não são recebidas passivamente pelas crianças.”
A autora enfatiza que não se pode seguir no limite de reconhecimento apenas de símbolos, mas saber combiná-los construtivamente e desenvolve-la para uma trajetória revelada para a escrita. Para tanto, desenvolver e oportunizar aos alunos amplo grau de liberdade para que possam construir seu próprio processo de decodificação da língua escrita, vem a contribuir no processo de aprendizagem.
As Dificuldades de Aprendizagem, de acordo com Antunes (1999), envolvem alunos comuns, ou seja, aparentemente sem danos de natureza médica ou psicológica que necessitam de práticas educativas especiais. Apresentam dificuldades de aprendizagem crianças que não rendem de acordo com sua idade e nível escolar em uma ou mais áreas, dentre as seguintes: expressão oral, compreensão oral, expressão escrita com ortografia adequada, habilidade básica de leitura, compreensão de leitura, cálculo matemático.
Conforme ZILBERMAN (1985, p. 27), (...) a criança é vista como um ser em formação cujo potencial deve se desenvolver a formação em liberdade, orientando no sentindo de alcance de total plenitude em sua realização.
A intervenção da escola nesse processo permeia concomitantemente a teoria e a prática, e esse é o grande desafio do professor, isto é, entender como deve ser sua atuação junto ao processo de cada criança, tendo um embasamento teórico por trás. Nesta perspectiva, é necessário um trabalho de auxílio aos docentes por parte de especialistas e psicopedagogos escolares, no sentido de auxiliar e incentivar os professores a inovarem suas teorias, a buscarem novas práticas para sua sala de aula, principalmente, quando enfrentam problemas de aprendizagem dos alunos.
Sabe-se, que alfabetização é um processo de construção de hipóteses sobre o funcionamento e as regras de geração do sistema alfabético de escrita, é um conteúdo extremamente complexo que demanda procedimentos de análise também complexos por parte de quem aprende.
No entanto, para facilitar esse processo é preciso propiciar condições para que o aluno tenha acesso ao mundo da escrita, tornando-se capaz não só de ler e escrever, mas, sobretudo fazer uso real e adequado da escrita com todas as funções que ela tem em nossa sociedade. Para uma compreensão abrangente da alfabetização, faz se necessário o contato com o objeto de conhecimento, do qual os indivíduos se apropriam através de experiências significativas até chegar ao domínio do código da escrita. Um dos elementos imprescindíveis à alfabetização é o processo de compreensão do funcionamento do sistema de escrita, ou seja, para se apropriar dessa linguagem é preciso pensar sobre ela e compreendê-la.
Porém a necessidade de ler e escrever não surge da mesma forma para todas as crianças, já que elas vivem em meios diferentes que lhes proporcionam experiências diversas. Por exemplo, a criança de classe média e da zona urbana, é favorecida por estar em contato com o código escrito muito antes de ir à escola, através de letreiros de propagandas, cartazes, TV, acesso a livros, revistas, etc.

Por fim, uma criança que vive num meio onde não tem contato com a palavra escrita, não vai sentir a mesma urgência de ler. Assim, se em sua casa não existem livros, jornais, revistas, se os pais não lêem, nem escrevem não vai se interessar tanto pela alfabetização, já que palavra escrita não faz parte do seu dia-a-dia.


Referencias

ANTUNES, C. A dimensão de uma mudança: atenção, criatividade, disciplina, distúrbios de aprendizagem. Propostas e projetos. São Paulo: Papirus, 1999.

FERREIRO, Emilia. Alfabetização em Processo. São Paulo: Cortez, 1996.
144p.

ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. São Paulo:Global, 1995.

As dificuldades da Alfabetização nas Séries Iniciais



Aprendemos coisas novas a todo momento e durante toda vida, dessa forma, o aprender é  uma atividade cotidiana, somos “aprendentes” natos, uma vez que descobrimos diferentes maneiras para realizar atividades do dia a dia, seja para aprender a utilizar uma máquina, aprender a fazer um novo prato, enfim, aprendemos a todo momento. Mas também é visto que ao aprender, erramos diversas vezes e os erros nos levam a futuros acertos até que chegamos à aprendizagem que esperávamos, ou seja, ao nosso objetivo.
Dessa forma, alfabetizar nos faz pensar em aprender, em como se dá o processo de aprendizagem do aluno, e em como os erros podem fazer com que se chegue à aprendizagem, a alfabetização de fato.
Conforme SOARES ( 2003 ;11):

as dificuldades da criança, no processo de construção do sistema de representação que é a língua escrita – consideradas “deficiências” ou “disfunções”, na perspectiva dos métodos “tradicionais” – passam a ser vistas como “erros construtivos”, resultado de constantes reestruturações.

Assim, cabe ao professor, proporcionar momentos em que as atividades sejam realizadas de forma que os erros sejam vivenciados e percebidos como momentos ricos de aprendizagem. O erro para criança em fase de alfabetização não pode ser visto como aspecto depreciador, mas sim como forma da mesma internalizar a aprendizagem, uma vez que aprende com os erros, e essa aprendizagem faz sentido para si.
O erro como forma de aprendizagem, não configura uma dificuldade, uma vez que é propulsor da continuação da aprendizagem, porém o que fazer quando os alunos não conseguem manter essa relação com o erro, e esse se torna uma característica da dificuldade de aprendizagem?
Porque o aluno não compreende o sistema de escrita, não se alfabetiza? Porque o professor não consegue se fazer entender para o aluno? Porque alguns alunos não avançam no processo de aprendizagem? Porque essa aprendizagem não é linear com todos os alunos? O que, eu, professor, posso fazer nessa situação? Como ajudar o aluno na compreensão do processo de alfabetização?
Dentre tantas perguntas sem respostas, o professor se vê sozinho no processo de aprendizagem do aluno, e passa a buscar formas de alcançar seu objetivo, que é a alfabetizar seus alunos. Essas respostas não são claras nem objetivas, partem da reflexão das práticas vivenciadas, das trocas de experiências com colegas, da pesquisa, do estudo de como a criança aprende, e das tentativas realizadas em sala de aula, que como já citado acima, passíveis de erros e acertos.
Por fim, as dificuldades da alfabetização nos anos iniciais são inúmeras, e as formas de agir para a superação dessas são realizadas cotidianamente  a partir de tentativas, a partir do trabalho do professor com os alunos.


REFERENCIAS:
SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Outubro, 2003. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n25/n25a01.pdf/ >. Acesso em: 02 de setembro de 2013.


Grupo da E.M.E.F. Leonor Pires de Macedo
Prof. Adriana Ferraz Ortiz
Prof. Darlene de Vargas Michelotti
Prof. Fabricia Sônego

quinta-feira, 29 de agosto de 2013


                               Uma aula " Maluquinha " .







Uma aula " Maluquinha " com a turma de terceiro ano.
Escola: Sete de Setembro.
Mês de julho de 2013.

Foi proporcionada uma aula com confecções de máscaras, alguns alunos trouxeram acessórios pessoais enriquecendo ainda mais a proposta de uma tarde diferente.  Seguindo de dramatizações, onde se apresentaram para as salas das turmas da tarde com cancões de escolha dos grupos. Foi uma tarde intensa onde os alunos do terceiro ano criaram suas próprias coreografias e enredos de apresentação.
A aula iniciou com uma Breve  História Sobre a Máscara.

A Máscara
O teatro tem acompanhado o homem desde as suas origens. Inicialmente encontra-se ligado aos rituais religiosos e tinha como finalidades representar o mundo real e o mundo divino.Foi se evoluindo até se tornar no que é hoje, a representação de ações feitas através de atores, realizado em um determinado espaço através de ensaios e tendo como resultado a cena. O personagem e o seu discurso são fundamentais para o sucesso da apresentação, podendo ser também através de narrativas onde a expressão corporal entra como protagonista.

Através do andamento da aula se chegou a vários utilidades da máscara, não somente como uso em teatro, festas, carnaval,super heróis mas também como auxilio na medicina como proteção ao paciente. A máscara é usada também por pessoas mal intencionada como no uso de assaltos, espionagens ...


Dulce Streck Procknow.
Docente Itinerante - Projeto de Apoio a Aprendizagem 3º e 4º ano.
Escola Municipal Sete de Setembro.

terça-feira, 27 de agosto de 2013


Parabéns, Colegas pelas postagens que estão sendo realizadas no Blog e pelo trabalho que estão realizando pela alfabetização dos nossos alunos. 
É em cada sala de aula, através do trabalho e esforço de cada professor que a proposta do PNAIC está sendo colocada em prática, buscando: "garantir a plena alfabetização de nossas crianças, sem exceção, e no momento certo".


"Há uma característica em comum nos melhores profissionais que conheci, todos fizeram de seu trabalho uma arte"! Kléber Novartes

Ieda Romana Prodorutti
Orientadora de Estudos
Professor(a) Alfabetizador: Dulce Streck Procknow
Escola: Municipal de Ensino Fundamental Sete De Setembro
Turma: 3º ano


Gêneros Textuais 

OS DIFERENTES TEXTOS A SERVIÇO DA PERSPECTIVA DO ALFABETIZADOR LETRANDO

Produção Textual: Gênero conto e Canção.

Foi trabalhado com a turma do 3º ano o conto A Festa no Céu. Iniciei contando a história da tartaruga.





O livro conta a história sobre a tartaruga que queria ir a uma festa no céu. Só que a festa era só para os bichos que voavam, mas ela teve uma grande idéia e se enfiou dentro do violão do Urubu-Rei, e quando o urubu foi, ela foi junto.
Quando ela chegou todos se impressionaram como aquele animal sem asas tinha conseguido ir a festa! E ela cantou e sambou a noite inteira!
A festa durou até o sol raiar e quando acabou a tartaruga entrou no esconderijo de novo. E ficou quietinha para o urubu não perceber.
Mas no meio do caminho, o Urubu-Rei de tão contente assobiou um samba da festa e a tartaruga começou cantarolar também.
O urubu percebeu, virou o violão e a tartaruga caiiiiiiiiiiiiiiiiiu.
Então ela quebrou todo o seu casco, mas os bichos que não voavam a ajudaram a colar o seu casco e por isso que ela tem esse casco tão remendado!


Após o conto foi desenvolvida uma atividade artística com o molde da tartaruguinha e embalagens de ovos. A turma pintou o corpo da tartaruguinha com lápis de cor e o casco da tartaruga com tinta guache.

  








Também foi confeccionado um cartaz coletivo com o mesmo tema. Onde cada aluno desenvolveu seu trabalho a partir do modelo ligando os pontos.

A atividade do conto foi desenvolvida com a interpretação e leitura. Bem como, o desenvolvimento artístico envolvendo as artes, recortes, colagem. Em seqüência foi trabalhado o gênero textual em forma de canção, tendo como  tema a Tartaruguinha, vindo a contribuir e reforçar o entendimento relacionando o conto.

MUSICA DA TARTARUGUINHA
Ouvi contar uma história.
Uma história engraçadinha.
Da tartaruguinha.
Da tartaruguinha.

Houve uma festa lá no céu.
Mas o céu era distante.
E a tartaruguinha viajou,
Na orelha do elefante.


Quando a festa terminou,
A bicharada se mandou
Quem viu a tartaruguinha
Quem viu?
Lá do céu ela caiu.


São Pedro o céu varreu.
e dá pobrezinha se esqueceu.
Ela disse ai meu corpinho
Está todo de fora!
Como é que eu vou fazer Pai do Céu?
Como vou viver agora?

Pai do Céu juntou os caquinhos e colou
Mais bonita ela ficou....


O gênero em forma de canção foi trabalhado a expressão expressiva e lingüística através do ato de cantar em combinação com o ritmo musical. A música auxiliou também para a coreografia de acordo com a letra, onde os alunos se apresentaram para as outras turmas.
Ao aplicar as atividades observou que no momento de leitura do conto, os alunos tem facilidade na compreensão e na coerência textual vindo a contribuir na prática da escrita e na leitura.

Os resultados foram satisfatórios no sentido de envolvimento e entendimento, tendo como resultado o envolvimento no processo da escrita, expressão corporal e linguística da criança.