segunda-feira, 2 de setembro de 2013

PROGRAMA PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA

Professor(a): Dulce Streck Procknow
Escola: Municipal de Ensino Fundamental Sete De Setembro




AS DIFICULDADES DA ALFABETIZAÇÃO NAS SÉRIES INICIAIS.

A linguagem é parte integrante de nossas atividades diárias. No entanto ela não é herdada, é uma arte que requer ser transmitida de uma geração a outra por meio da educação. Considerando a sala de aula antes de tudo, um ambiente educativo, e assim considerado como um espaço preparado e dirigido com a participação conjunta de alunos e do professor, uma atuação participativa e criativa para o mundo da comunicação escrita.
Segundo Ferreiro (1996, p.24) “O desenvolvimento da  alfabetização ocorre, sem duvida, em um ambiente social. Mas as praticas sociais assim como as informações sociais, não são recebidas passivamente pelas crianças.”
A autora enfatiza que não se pode seguir no limite de reconhecimento apenas de símbolos, mas saber combiná-los construtivamente e desenvolve-la para uma trajetória revelada para a escrita. Para tanto, desenvolver e oportunizar aos alunos amplo grau de liberdade para que possam construir seu próprio processo de decodificação da língua escrita, vem a contribuir no processo de aprendizagem.
As Dificuldades de Aprendizagem, de acordo com Antunes (1999), envolvem alunos comuns, ou seja, aparentemente sem danos de natureza médica ou psicológica que necessitam de práticas educativas especiais. Apresentam dificuldades de aprendizagem crianças que não rendem de acordo com sua idade e nível escolar em uma ou mais áreas, dentre as seguintes: expressão oral, compreensão oral, expressão escrita com ortografia adequada, habilidade básica de leitura, compreensão de leitura, cálculo matemático.
Conforme ZILBERMAN (1985, p. 27), (...) a criança é vista como um ser em formação cujo potencial deve se desenvolver a formação em liberdade, orientando no sentindo de alcance de total plenitude em sua realização.
A intervenção da escola nesse processo permeia concomitantemente a teoria e a prática, e esse é o grande desafio do professor, isto é, entender como deve ser sua atuação junto ao processo de cada criança, tendo um embasamento teórico por trás. Nesta perspectiva, é necessário um trabalho de auxílio aos docentes por parte de especialistas e psicopedagogos escolares, no sentido de auxiliar e incentivar os professores a inovarem suas teorias, a buscarem novas práticas para sua sala de aula, principalmente, quando enfrentam problemas de aprendizagem dos alunos.
Sabe-se, que alfabetização é um processo de construção de hipóteses sobre o funcionamento e as regras de geração do sistema alfabético de escrita, é um conteúdo extremamente complexo que demanda procedimentos de análise também complexos por parte de quem aprende.
No entanto, para facilitar esse processo é preciso propiciar condições para que o aluno tenha acesso ao mundo da escrita, tornando-se capaz não só de ler e escrever, mas, sobretudo fazer uso real e adequado da escrita com todas as funções que ela tem em nossa sociedade. Para uma compreensão abrangente da alfabetização, faz se necessário o contato com o objeto de conhecimento, do qual os indivíduos se apropriam através de experiências significativas até chegar ao domínio do código da escrita. Um dos elementos imprescindíveis à alfabetização é o processo de compreensão do funcionamento do sistema de escrita, ou seja, para se apropriar dessa linguagem é preciso pensar sobre ela e compreendê-la.
Porém a necessidade de ler e escrever não surge da mesma forma para todas as crianças, já que elas vivem em meios diferentes que lhes proporcionam experiências diversas. Por exemplo, a criança de classe média e da zona urbana, é favorecida por estar em contato com o código escrito muito antes de ir à escola, através de letreiros de propagandas, cartazes, TV, acesso a livros, revistas, etc.

Por fim, uma criança que vive num meio onde não tem contato com a palavra escrita, não vai sentir a mesma urgência de ler. Assim, se em sua casa não existem livros, jornais, revistas, se os pais não lêem, nem escrevem não vai se interessar tanto pela alfabetização, já que palavra escrita não faz parte do seu dia-a-dia.


Referencias

ANTUNES, C. A dimensão de uma mudança: atenção, criatividade, disciplina, distúrbios de aprendizagem. Propostas e projetos. São Paulo: Papirus, 1999.

FERREIRO, Emilia. Alfabetização em Processo. São Paulo: Cortez, 1996.
144p.

ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. São Paulo:Global, 1995.

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